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A Fifa está avaliando transformar o Mundial de Clubes em uma competição realizada a cada dois anos e ampliar o quadro de participantes de 32 para 48 equipes. O plano da entidade mira implementar o novo formato já a partir de 2029, segundo reportagem do jornal inglês The Guardian.
Entre as mudanças em estudo está a revisão das janelas internacionais: a entidade teria sinalizado a possibilidade de retirar a Data-Fifa de junho para abrir espaço no calendário e reduzir a sobrecarga sobre os jogadores. A alteração, porém, encontra objeção da Uefa, que costuma usar esse período para realizar as finais da Liga das Nações.
Fontes ouvidas pelo jornal indicam que o debate ganhou força depois de reuniões entre a Fifa e dirigentes de grandes clubes. O Real Madrid teria levantado a hipótese de um ciclo bienal durante negociações realizadas em junho; clubes como Barcelona, Manchester United, Liverpool e Napoli teriam demonstrado apoio à ideia.
A Fifa também revisa os critérios de acesso ao torneio e estuda ampliar o limite de vagas por país, o que poderia permitir até dois clubes de um mesmo país por edição. As propostas fazem parte de uma análise mais ampla sobre o formato e os benefícios econômicos da competição.
O calendário internacional de partidas está acordado até 2030, e, por isso, a Fifa não planeja antecipar a edição prevista para 2029 para 2027. Ainda assim, a organização admite estudar a realização de um novo torneio em 2031 caso avance a mudança para um ciclo de dois anos.
A motivação econômica aparece entre os argumentos a favor: clubes e representantes têm apontado para as elevadas premiações já pagas pela Fifa como fator de atração. A vitória em edições recentes rendeu aos campeões pacotes de prêmios que, conforme estimativas da imprensa especializada, chegaram a valores da ordem de dezenas de milhões de libras (estimativas recentes apontam cifras próximas a £85m para o clube campeão em uma edição). Esses valores são apontados como um dos motivos que estimulam pedidos por maior frequência do torneio.
A Fifa, os clubes e as confederações ainda não formalizaram uma decisão pública sobre o calendário bienal; qualquer alteração dependerá de consultas internas e de acordos com ligas, confederações e outras partes interessadas. Enquanto isso, a edição prevista para 2029 permanece como a primeira referência concreta do cronograma.
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